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Reticulada Aetalionid - Formas jovens e fêmea

Aetalion cf. reticulatum

Habitat:

Host plant/ planta hospedeira: Fabaceae, Cajanus. No quintal.

Notes:

Superfamilia MEMBRACOIDEA

Caracteres. - Quase todos estes insetos são facilmente reconhecíveis pelo extraordinário desenvolvimento do pronoto prolongado sobre o abdômen num processo mais ou menos alongado. Além desse processo pronotal, os Membracídeos podem ainda apresentar saliências ou prolongamentos, de formas mais variadas, que lhes dão aspectos singulares, às vezes extremamente grotescos. O escutelo, na maioria das espécies de Membracidae, fica encoberto pelo processo posterior do pronoto, exceto em Centrotinae, cujas espécies apresentam-no mais ou menos exposto, atrás do pronoto.

Em Aethalionidae, o pronoto, conquanto bem desenvolvido e provido de uma crista longitudinal mediana, não se prolonga sobre o scutellum em processo médio mais ou menos alongado. À área anterior declive do pronotum, que se estende até a base da cabeça, dá-se o nome de metopidium. Para a terminologia das demais regiões do pronotum.

A cabeça dos Membracídeos não apresenta fronte propriamente dita; é anteriormente representada pelo vertex, constituído por 2 escleritos, separados pela sutura epicraniana em Y, cada um deles com um ocelos. Antenas setáceas, inseridas de cada lado do clypeus, sob as margens laterais do vertex. As pernas e as asas fornecem bons caracteres para a sistemática desses insetos. Na subfamília Membracinae e em algumas espécies da subfamília Centrotinae as tíbias, principalmente as dos pares anteriores e médios, são largas e achatadas ou foliáceas.

Abdômen normalmente de 11 segmentos. Genitália, especialmente nos machos, como em outros Homópteros, oferecendo excelentes caracteres para a diferenciação dos gêneros e até mesmo das espécies. Devo aqui referir os casos de castração parasitária, observados por KORNHAUSER (1919). Esse autor verificou que espécies de Thelia, quando parasitadas por uma espécie de Aphelopus (Hymenoptera, Dryinidae) sofrem alterações notáveis, não somente no aparelho reprodutor, como na genitália externa.

Os Membracídeos, em sua maioria, vivem gregariamente, nos galhos dos arbustos e das árvores. Quando se tenta apanhá-los deslocam-se geralmente em torno do galho, procurando esconder-se. As formas adultas, porem, quando perseguidas, saltam e voam imediatamente. As fêmeas dos nossos Membracídeos poem os ovos, ora superficialmente nas folhas ou nos galhos, uns ao lado dos outros, cobrindo-os com massa branca um tanto pegajosa, secretada pelas glândulas coletéricas, geralmente de consistência cérea (Aethalion Bolbonola, Horiola, Metcalfiella etc.), ora em sulcos, previamente abertos pelo oviscapto, nos galhos, no pecíolo ou mesmo na nervura mediana das folhas, ou no pedúnculo das flores e dos frutos. Nesse segundo ou as fêmeas deixam, depois de depostos os ovos, as fendas expostas (Ceresa, Tragopa), ou cobrem-nas com uma certa quantidade da cobria massa branca. O aspecto dessas massas, quer nelas incluindo ovos, quer cobrindo fendas portadoras de ovos, quase sempre de superfície estriada ou reticulada, é característico para cada espécie.

Em Aethalionidae as posturas são superficiais, porem a substância que cobre e envolve os ovos é de cor pardacenta ou acinzentada, confundindo-se com a casca do galho em que se acham e em nada se parecendo, nem na forma, nem na cor, com as ootecas dos demais Membracídeos. Dos ovos saem formas jovens, geralmente providas de cristas ou processos espinhosos no dorso, de aspecto bem diverso das respectivas formas adultas e frequentemente revestidas de induto céreo pulverulento ou mais espesso. O abdômen é geralmente prolongado em tubo, mais ou menos alongado, tendo no ápice o anus. Muitos são os Membracídeos que, pelos anus, expelem líquido mais ou menos abundante, quase sempre, porem, muito apreciado por formigas melívoras das subfamílias Formicinae e Dolichoderinae.

A superfamília Membracoida contem cerca de 1500 espécies descritas e grupadas em duas famílias: Membracidae e Aethalionidae, que se distinguem facilmente pelo aspecto do pronotum, o qual não apresenta processo posterior em Aethalionidae. A região neotrópica, especialmente a América do Sul, é a que possui maior número de espécies. Entre as mais frequentemente encontradas no Brasil, merecem citação as do gêneros Membracis: Membracis foliata (L., 1767), M. arcuata. e outras, muito conhecidas pela forma do pronoto, em crista foliácea, quase semicircular, de cor preta e áreas brancas ou amareladas.

Vários Membracídeos tem o pronoto com forma e cor semelhantes a dos acúleos ou espinhos das plantas. Bem características são as espécies do gênero Bolbonota, em geral pequenas e de cor escura, cujo pronoto se apresenta globuloso e fortemente enrugado. Em defesa, encolhem as pernas de encontro ao corpo, de modo a parecerem pequenas sementes. Dentre os Membracídeos de formas bizarras podem ser mencionadas as espécies do gênero Spongophorus, quase todas brasileiras, cujo pronoto apresenta um ou dois prolongamentos cujo pronoto apresenta um ou dois prolongamentos eretos, simples, às vezes globulosos, o anterior mais longo que o posterior, geralmente curvado para trás.

As espécies do gênero Heteronotus, também, em sua maioria brasileiras, são interessantíssimas porque mimetizam formigas devido ao aspecto peculiar do pronoto, prolongado posteriormente em um processo com dilatações globosas, separadas por fortes estrangulamentos.

Importância econômica : Raramente os Membracídeos produzem vultosos estragos. Os danos resultantes da sucção da seiva pelas formas jovens e adultas são, via de regra, insignificantes, a menos que o inseto esteja continuamente expelindo pelo anus, em gotículas, grande quantidade de líquido, como no caso do ataque pelo Aethalion reticulatum (Aethalionidae) e pela Metcalfiella pertusa. As espécies cujas fêmeas, com o oviscapto, fazem fendas nos tecidos das plantas (Campylenchia hastata e outras) embora pouco profundas, frequentemente causam danos de certa importância, mormente quando tais lesões são muito aproximadas e feitas em hastes finas ou outras partes delicadas dos vegetais, como pedúnculos das flores e dos frutos. Os tecidos atacados, em certas plantas, reagem, formando-se cancros, que deformam a parte atingida e impedem a livre circulação da seiva, sobrevindo, como consequência, a morte dos tecidos situados alem dessa parte. Eis como BONDAR se manifesta relativamente às espécies do gênero Tragopa, que fazem posturas endofíticas em cacaueiros:

« As larvas e os adultos vivem chupando a seiva nos brotos novos nos pedúnculos das flores e bilros e nas frutas. Quando as frutas novas são fortemente atacadas, o tecido externo fica contraído e as frutas sé desenvolvendo ficam deformadas e frequentemente rachadas. Em muitos casos as frutas ficam completamente inutilizadas, pois, permanecem pequenas e não desenvolvem as sementes. Há pés atacados pelos membracídeos perdendo de um quinto a um terço da sua produção. As frutas que escapam ficam irregulares, pouco crescidas, pretas na superfície, com a casca seca e áspera. Outro modo de estragos é o seguinte: as espécies do gênero Tragopa depositam os ovos no pedúnculo floral, no bilro, na fruta desenvolvida ou no ramo novo, introduzindo-os nos tecidos da planta em grupos de algumas dezenas. As feridas assim feitas no pedúnculo interceptam a selva e abortam as flores ou os bilros. Quando os ovos são depositados no talo da fruta meio crescida, esta frequentemente desenvolve-se, muitas porem morrem. As feridas no pedúnculo, formando cancros, interceptam os vasos da selva ou servem como porta de entrada para o cogumelo Phytophthora palmivora agente da podridão do cacau. A desova nos tecidos da fruta ou do ramo provoca também cancros, que facilitam o acesso ao referido cogumelo. O lugar da desova é fácil de se perceber, pois, quando a ferida é nova, ela forma uma saliência pelos ovos introduzidos no tecido, e, depois, saindo as lavras forma-se o cancro e o tecido racha ».

(http://www.acervodigital.ufrrj.br/inseto... (http://www.acervodigital.ufrrj.br/inseto...)

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Sckel
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Sckel

Cariacica, ES, Brazil

Spotted on Mar 6, 2014
Submitted on Mar 6, 2014

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