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Anhinga anhinga
A biguatinga é uma ave pelecaniforme da família Anhingidae. Conhecido também como carará (Amazônia), calmaria (Rio Grande do Sul), Maria-preta (Ceará) peru d'água, mergulhão-serpente, bigua-bicolor, anhinga, arará, meuá, miuá e muiá. Seu nome significa: do (tupi) anhinga = cabecinha. ⇒ Ave com cabeça pequena. Ave aquática, lembra o biguá, mas apresenta asas esbranquiçadas (em tupi, “biguatinga” significa “biguá branco”). Mede 88 cm, peso de 1,2 a 1,35 kg, envergadura de 120 cm. Ave com pescoço fino e muito longa ( 20 vértebras ), tipicamente angulado medialmente. Bico longo, muito pontiagudo, em forma de punhal e serrilhado, próprio para fisgar peixes. Cauda longa, de forma espatulada e com estrutura peculiar, pois as retrizes são rígidas e onduladas transversalmente lembrando uma chapa, que é útil para reforçar as penas que servem de leme quando nadam abaixo d’água. Pés com membranas natatórias. Não possui glândula uropigiana, sendo assim, suas penas não são impermeáveis como as dos patos e não segregam óleo que mantenha a água à distância. Em consequência, as penas podem armazenar quantidades de água que provocam a má flutuação do animal. Esta característica é, no entanto uma vantagem, visto que permite um mergulho mais eficiente debaixo de água. Tal como os outros membros da família Anhingidae, caça durante mergulhos em que fica totalmente submerso. Negro, apresenta rico desenho branco sobre as asas e a ponta da cauda clara ( creme-acinzentada ). Apresenta dimorfismo sexual, sendo que a fêmea difere do macho pela cor creme no pescoço, peito e dorso. O macho apresenta uma crista negra e tem cores mais vivas. Imaturo de dorso pardo, quase não possuindo branco nas asas e de bico amarelo
Vive à beira de rios e lagos orlados de matas. Prefere águas interiores com farta vegetação marginal e árvores com troncos secos, sendo mais raro na orla marítima. Quando não pescam, nadam devagar, deixando emerso apenas um pouco do pescoço e a cabeça, ou somente a cabeça, que é tão estreita que parece continuação do pescoço, dando a impressão de ser uma cobra d’água; quando nadam nessa posição mantém o bico levantado quase na vertical. Foge do perigo mergulhando. Empoleirado permanece frequentemente de asas abertas, impressionando então o tamanho e a forma côncava das mesmas. A razão para esticar as asas provavelmente é tripla: (1) secar as asas, (2) acumular calor em horas de temperatura baixa e (3) se livrar de um excesso de calor. Pousa sobre as árvores secas. Voa alternando batidas de asas com planeio. Paira a grande altura, sua silhueta então assemelha-se a uma delgada cruz negra, impressionando a longa cauda. Grasna de pescoço esticado exibindo seu saco gular amarelo. Ocorrem migrações locais dentro da Amazônia. Fora da época da reprodução encontram-se em bandos ou esparsos entre os biguás.
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